24 abril 2007

MONKEY STEAK (uk) + THE BASTARDS (pt) no Porto: próximo Sábado, 28 Abril @ Plano B

"Bifes de macaco" me mordam...

Antes de se terem “transformado” nestas belas figuras, no meio de New Cross (south London), Sam Atkins (aka Atki2 - o da esquerda) e Jon Wheatley (aka Hanuman - o da direita) eram Milk Junkies (na companhia de um 3º elemento - dj El Shalamar) e esgalhavam Drum’n’Bass e Ragga com Funk "pesado" e risquinhos de Jazz.

Andaram “presos” às correntes do “drama básico” durante algum tempo, até que em ‘03 começaram a "mutação" com “Party music for twats”, desembrulhando um Ragga/Jungle (em “Jamaican girl style”) e um rude glitchy’n’bleepy D’n’B (em “Shiva Las Vegas”).

No ano seguinte, “The South London Care in the Community Support Group”, confirmou a opção destes 2 amigos danados para a brincadeira, de diversificar o cenário, experimentando desde um acid Hiphop/Funk/D’n’B (“Named and maimed”) a um stoned Garage (“End of the Tem Yard Stare”).

Ao passarem 2ª vez (de mansinho) à porta da “Garagem”, trazem uma dúvida: “Where’s the Ruler?”.

Para percorrerem a “distância” do Garage ao 2 Step, vestem a pele de um personagem literário com duplo significado, “Atticus Finch”.

Rich cat, shit cat” revelava, ao contrário de “Where’s the ruler?”, uma vontade felina de carregar no pedal dos bpm’s e entrar em “contra-pata” na auto-estrada do “cãopitalismo”.

No mesmo sentido foi a produção do álbum “Feeding our paranoia”, inserido no projecto Anarchic Hardrive, editado pela “breakcoriana” Peace Off.

Crowsteppah“ e ”Ruff Ting King“, frente e verso de “Grim Dubs – vol.1” (editado pela Werk, em 2005) levou os Monkey Steak à “desclassificação” musical, suscitando a “invenção” de termos como Grim (sem “e”), Dublame e Wackstep para caracterizar uma “next little ting”, que nunca chegou a sê-lo (quanto mais um “carimbo”).

Em compensação, “as novas aventuras na terra do Dubstep”, acabaram por lhes valer a subida à 1ª divisão (mesmo sem cheirar o topo da tabela).

Nos últimos meses, dj Pinch, “boss” da Tectonic e “capitão de equipa” dos “Bristol Dubsteppas”, remisturou-lhes “Lighthouse Dub” (na traseira de um 12” da Punch Drunk) e o original de “Guilty pleasures” (EP de Atki2 em nome pessoal, mais uma vez com edição da Werk Discs).

Ainda a título individual, recebeu outros 2 convites da label de Bristol (Werk Discs), primeiro para pilotar o (mono)volume nº5 dos “Grim Dubs”, aproveitando para testar novos Break’n’Dub steps (lado A – “Year of the Cockerel” / lado B – untitled) e depois para dar uma mãozinha e não só na compilação “Grim FM”, contribuindo com vários temas, não só como Atki2, mas também como Monkey Steak, além de um outro, assinado por Hanuman.

Os nova-iorquinos Team Shadetek deixaram-se levar também pelo “ruff driving”, abrindo-lhes as portas da sua editora ao Basscore de “Pout and Purchase” (no encontro promovido em “The Dudes EP”) e a “Sweaty palms”, 12” com o orgulhoso “Shocking out proud” (feat. Renee Silver), um dos maiores “un-natural dancehall killers” dos últimos tempos.

Já em Fevereiro deste ano, Atki2 teve a companhia dos catalães 23Hz & Numaestro, em “The Substratum EP” (Immerse Records), denunciando uma travagem a fundo para momentos de rara e profunda “doçura” dubsteppiana.

Voltando ao dueto Monkey Steak, falta referir a remistura para “Haiku” (Combat Recordings), e o “Ras(g)gamato no Hard Jungle”, com a ajuda da speedada “amiga” Death$ucker Records.

Big up yourself”, outro 12” “rachado ao meio”, dessa vez entre Monkey Steak e Parasite (“dono” da Death$ucker), merece (e tem) lugar cativo na selecção principal dos Ragga/Jungle’s “esmagados” no “Farward-sem-sistema”.

A ligação à Death$ucker teve ainda outras consequências agravadas, em finais de 2006, com a saída de “Electric Birdland”.

Por um lado (o A), atiram-se ao Jungle ”ja(maica)nado”, com “Too late” (que podem ouvir todo aki) e “Toxic RIP VIP” (homenagem às extintas “Toxic Dancehall” nights, principais reuniões do movimento Breakcore e afins, em Inglaterra, entretanto terminadas e substituídas pelas “Goatlab”).

Por outro lado (B), convidaram-nos a um “Bass shaking meets Bollywood strings with a grimey flavour ” em “Black milk” e “Gaza stripclub”.

É “prontos”: será a partir desta “brevíssima” lista que os Monkey Steak executarão o seu plano A, no Plano B.

Se os quiserem ouvir a “mixar”, também podem.

MONKEY STEAK @ myspace

MONKEY STEAK @ tripod

ATKI2 @ myspace

ATKI2 blogspot

HANUMAN (entrevista):

www.spannered.org/music/1116/

THE BASTARDS

Nem só de “bifinhos de macaco” se faz a ementa da noite “Yes Yes Y’all”, pronta a varrer o Porto, no próximo Sábado

Uma “bastarda” dupla portuguesa servirá as “entradas”…

Criada recentemente por Tiago Oudman e Mr. Gasparov (com passado ligado ao D’n’B), a dupla de Dj’s/produtores The Bastards cozinha, em lume brando, doses variáveis de Dubstep, Grime, Electro, Breaks e outros pitéus.

Os 4 anos emigrados em Inglaterra (Edimburgo e Bristol) deram tempo para frequentar cursos avançados de culinária musical “urbanística”, adquirindo “competências & (com)potências” invulgares por estas bandas.

Ainda sem qualquer edição oficial, pode-se, no entanto, provar do mel, pelo EP “Strange Attractor” (2006) e pelo tema “Pankeka”, disponíveis no “espaço de Mr. Gasparov”, ou pela “The Infamous mixtape”(“descarregável em www.myspace.com/thebastardslisboa

Como aperitivo do menu “à moda do Porto”, os “Bastardos” repartem pratos no Souk “alfacinha”, hoje mesmo - 3ª, 24 de Abril.

step farward!