15 novembro 2006

Vem aí a "virose" DUBSTEP! watch out!

1º evento dubstep em Portugal
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SÁBADO 18 NOVEMBRO (22h)
ATENEU DE LISBOA
(ao lado do Coliseu)
entrada: 10€

DIGITAL MYSTIKZ - LOEFAH - mc SGT. POKES

"Parte do que fazemos é rejeitar o culto da celebridade"
Loefah
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Lisboa vai ser atacada por um vírus (des)conhecido por DUBSTEP.
Foi "ouvido" pela primeira vez a "morder" na "Big Apple" (não na "grande maçã" americana como o Bin, mas numa loja de discos com esse nome, situada em Croydon, nos súburbios do sul de Londres).
Na dita "Big Apple" dos vinis (que já não existe) foram encontrados os primeiros vestígios de batidas e estruturas semelhantes ao Grime e ao UK Garage, oom reduzida presença da voz, mas sobretudo com utilização abusiva dos "graves", lembrando por um lado os "baixos pesados" do Jungle e, por outro, os efeitos típicos do Dub jamaicano "made in UK".
Alguns dos actuais responsáveis pela expansão do vírus frequentaram, nos anos 90, "cursos intensivos" de "bass pressure" (nas sessões "Metalheadz" do "Drum'n'Bass Godfather" Goldie e nos Uk Dub soundsystems de Iration Steppas ou Mad Professor).
Amadurecido em "laboratórios caseiros" equipados com Fruity Loops, foi passando quase despercebido, actuando com discrição em festas "underground", rodando de ouvido em ouvido em fóruns e blogs internáuticos, no myspace e através da rádio-pirata Rinse FM de Londres. A imprensa musical e as restantes rádios ignoraram-lhe o avanço, enquanto se espalhava calmamente pela capital e por outras cidades inglesas (Bristol e Leeds, principalmente) uma "nova arma de destruição maciça". A pouco e pouco começou a "afectar" também pequenas comunidades no centro da Europa e nos Estados Unidos.
E agora, no mesmo ano em que sai completamente da "casca", chega a Lisboa para continuar o "contágio".
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Como "introdução" à curta história deste "agente patogénico" e dos seus principais activistas (DMZ's incluídos), espreitem este "dubstep doc" (um documentário de 7'40" produzido pela BBC).
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Apesar dos 5 anos de propagação e da "globalização internáutica", só este ano começaram a aparecer os primeiros artigos em revistas e jornais e sobretudo os primeiros programas de rádio exclusivamente dedicados ao género.
Em Portugal já existem pelo menos 2 - "TransMissão Conspira" na Rádio Zero do Instituto Superior Técnico e "Batida Crítica" na RUC - Rádio Universitária de Coimbra.
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Mala (DIGITAL MYSTIKZ)
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LOEFAH
Para primeiro contacto ao vivo com o recente "passo do Dub" não se podia pedir muito melhor. Aliás, podia mas não vale a pena, porque já lá vem a dupla mais criativa do "dubstep" actual, Kode 9 e Spaceape, igualmente esperada em Lisboa, entre 7 e 10 de Dezembro, em local e data por confirmar.

Sobre os Digital Mystikz (Mala e Coki) e Loefah, apesar de terem entrado no barco só em 2004, foram incluídos desde logo no lote de principais referências do meio, juntamente com Skream (alguém faz o favor de trazer este "puto" a Lisboa?), Hatcha, Youngsta, Benga, Burial, N-Type e os citados Kode 9 & Spaceape.

Através da dezena de EP's publicados na editora criada pelos próprios (DMZ), de colaborações com companheiros de aventura, de participações em colectâneas e até de temas gravados para a Soul Jazz, os Digital Mystikz têm contribuído consistentemente para a "expansão" e diversidade do género.

Mas estes vizinhos e amigos de longa data têm conquistado ainda mais apoios para a sua "frente de combate" nas "underground" e cada vez mais "overcrowded" "noites DMZ", seja em Londres, no resto de Inglaterra ou em cidades europeias.

Para uma melhor ideia sobre a "cena" Dubstep sugere-se um artigo saído na edição de Outubro da "Time Out - London".

Frases soltas...

Descrição de Kode9 sobre uma noite "dubstep": "Há apenas uma luz azul. O "sub-bass" torna o ar pesado. É como fazer uma rave, tipo 20 mil-léguas submarinas, no fundo do mar. De vez em quando vêem-se uns peixes, uns "tubarões" e até golfinhos".

Loefah sobre as noites DMZ: "Só queremos 2 grandes "speakers", uma sala escura e nada mais. É tão simples quanto isto. Não escrevemos nada nos flyers além do sítio, de quem vai tocar e de quanto se paga para entrar. Nem sequer dizemos Dubstep"

"Come meditate on bass weight" (Digital Mystikz)